Obsidian

A Jornada Cósmica e a Despedida em 'Obsidian' de REMINA

A música 'Obsidian' da banda REMINA é uma obra que explora temas de despedida, transcendência e a vastidão do cosmos. A letra inicia com uma cena de despedida, onde o eu lírico, em seu último suspiro, vê a calamidade se aproximando. A referência ao 'final sunrise' sugere um fim iminente, mas também um novo começo, uma dualidade que permeia toda a canção. A urgência de seguir em frente antes que a atmosfera colapse indica uma situação de crise, possivelmente apocalíptica, onde a sobrevivência depende da separação.

A metáfora do 'mar de estrelas' e 'oceano de espelhos infinitos' evoca a imensidão do universo e a busca por renascimento. A luz que nunca se dissolve pode ser interpretada como a esperança ou a essência eterna que persiste mesmo diante da destruição. A ideia de 'ondas de éter' que colapsam e chamam para o vazio sugere uma transição para uma nova dimensão ou estado de ser, onde o tempo se esgota e a única opção é deixar o mundo para trás e preparar-se para o impacto.

A sensação de estar 'imerso em correntes de obsidiana' e a 'silêncio' que se segue reforçam a ideia de um estado de suspensão, talvez entre a vida e a morte, ou entre o conhecido e o desconhecido. A 'fronteira final' que obriga a entrar na 'noite sem fim' pode ser vista como a última jornada, uma travessia para o desconhecido. A repetição do ato de soltar a mão do outro simboliza a inevitabilidade da separação e a necessidade de seguir caminhos diferentes, mesmo que dolorosos. 'Obsidian' é, portanto, uma reflexão profunda sobre a finitude, a transformação e a vastidão do universo, onde cada despedida é também um novo começo.