BAGDAD (Cap.7: Liturgia)

A Liturgia da Solidão em 'BAGDAD' de ROSALÍA

A música 'BAGDAD (Cap.7: Liturgia)' da artista espanhola ROSALÍA é uma obra que mergulha na solidão e no sofrimento de uma mulher que parece estar presa em um ciclo de dor e desesperança. A letra faz referência ao clube Bagdad de Barcelona, conhecido por seus shows eróticos, sugerindo um contexto de isolamento emocional em meio a um ambiente de exposição e vulnerabilidade.

A narrativa lírica descreve uma mulher com 'pelo negro, ojos oscuros', uma figura que emerge das sombras da noite, 'bonita pero apena''. A repetição da ação de 'junta las palmas y las separa' evoca a imagem de alguém em oração ou em busca de algum tipo de salvação ou redenção, talvez uma metáfora para a busca de sentido ou escape das circunstâncias opressivas de sua vida. A menção de que 'las llamas van al cielo a morir' pode simbolizar a transitoriedade da fama, do desejo ou da própria vida, com as chamas representando paixões ou sofrimentos que eventualmente se extinguem.

A música, com sua melodia melancólica e influências do flamenco, reflete a essência da cultura espanhola e a habilidade de ROSALÍA em transmitir emoções profundas através de sua voz e composição. 'BAGDAD' é uma canção que fala sobre a luta interna, a busca por libertação e a complexidade da experiência humana, especialmente daquelas que vivem à margem da sociedade.