Amor de Subvenção

Amor e Carnaval: Uma Metáfora de Subvenção

A música 'Amor de Subvenção' de Sandro Destro Lima utiliza a metáfora do carnaval para explorar a complexidade e a decadência de um relacionamento amoroso. Desde o início, a letra sugere que não há como alterar os erros cometidos ao longo da 'avenida' da vida, uma referência clara ao desfile de escolas de samba. A 'quarta-feira' mencionada é uma alusão à Quarta-feira de Cinzas, quando o carnaval termina e a realidade volta a se impor. A intensidade do amor vivido é algo que não pode ser recuperado, assim como a euforia do carnaval que se dissipa com o fim da festa.

O segundo verso compara o amor a um 'samba-conflito', onde a falta de harmonia levou ao fracasso. A metáfora do 'pavilhão' que não vai mais tremular indica que o símbolo do amor, assim como o estandarte de uma escola de samba, perdeu seu brilho e importância. O amor, que antes era vibrante e cheio de vida, agora é apenas um 'mero quesito', algo que não se destaca mais.

No terceiro verso, o amor é descrito como 'rebaixado ao grupo de acesso', uma referência ao rebaixamento das escolas de samba que não conseguem se destacar. A falta de 'brilho, alegoria e par' simboliza a ausência de elementos que tornavam o relacionamento especial. A letra deixa claro que sem 'subvenção', ou seja, sem o apoio e o investimento emocional necessário, o amor não pode sobreviver. A decisão de não 'cortejar o retrocesso' indica uma recusa em voltar a um estado de amor que já não existe mais. A música termina com uma nota de despedida, onde o eu-lírico afirma que sem o suporte necessário, o 'carnaval' do amor não pode continuar.