Mamãe, Coragem

Mamãe, Coragem: Um Grito de Liberdade e Autonomia

A música 'Mamãe, Coragem', escrita por Torquato Neto, é uma carta aberta de um filho para sua mãe, onde ele expressa sua decisão de seguir seu próprio caminho, mesmo que isso signifique se afastar dela. A letra é um misto de despedida e encorajamento, onde o filho pede para que a mãe não chore e aceite sua escolha de vida. Ele reconhece o papel fundamental da mãe, que desdobra 'fibra por fibra os corações dos filhos', mas também afirma sua necessidade de independência e busca por felicidade em seus próprios termos.

A repetição do pedido 'Mamãe, mamãe não chore' reforça a tentativa do filho de confortar a mãe, ao mesmo tempo em que ele reafirma sua decisão de não voltar. Ele sugere que ela se ocupe com atividades cotidianas, como lavar panos, ler romances e cuidar das contas, como uma forma de lidar com sua ausência. A menção a livros como 'Elzira, a morta virgem' e 'O Grande Industrial' pode ser vista como uma metáfora para a busca de distrações e novas narrativas que possam preencher o vazio deixado por sua partida.

A música também aborda a questão da autonomia e da coragem de seguir um caminho próprio, mesmo que isso signifique enfrentar a tristeza e a saudade. O filho declara que está vivendo bem, brincando Carnaval e plantando sua própria felicidade na cidade. A repetição da frase 'não tem mais fim' no final da música sugere uma continuidade e permanência dessa nova vida que ele escolheu. 'Mamãe, Coragem' é, portanto, uma celebração da liberdade individual e da coragem necessária para buscar a própria felicidade, mesmo que isso implique em deixar para trás aqueles que amamos.