Sou Eu Que Vou Trabalhar

A Luta Diária do Trabalhador em 'Sou Eu Que Vou Trabalhar' de Trago

A música 'Sou Eu Que Vou Trabalhar' de Trago é uma reflexão profunda sobre a rotina e os desafios enfrentados pelos trabalhadores urbanos. A letra começa descrevendo a cena cotidiana de pessoas apressadas e espremidas no transporte público, um retrato fiel da realidade de muitos brasileiros. A metáfora do 'balanço' como condução e a 'balança' que não compensa reflete a sensação de desequilíbrio e injustiça econômica, onde o esforço não é proporcional à recompensa. A menção de que 'só come quem tem mais condição' destaca a desigualdade social e a dificuldade de acesso a necessidades básicas.

O refrão da música lista diversos sinônimos para trabalho, como 'serviço', 'emprego', 'ofício', entre outros, enfatizando a multiplicidade de formas e nomes que o trabalho pode assumir, mas que, no fundo, representam a mesma luta diária. A letra também aborda a precariedade e a exploração, com frases como 'os guris trabalhando como adulto', denunciando o trabalho infantil e a falta de oportunidades para os jovens. A imagem do 'dinheiro sumiu no vendaval' ilustra a volatilidade econômica e a dificuldade de manter a estabilidade financeira.

No final, a música traz uma mensagem de esperança e mudança. A 'paisagem passando na janela' e a 'janela funciona como tela' sugerem a possibilidade de novos horizontes e perspectivas. A letra propõe um futuro mais justo e coerente, onde o trabalhador é valorizado e respeitado. A frase 'abram alas para o trabalhador' é um chamado à sociedade para reconhecer e honrar a importância daqueles que sustentam a economia e a vida urbana. Trago, com sua abordagem lírica e crítica, nos convida a refletir sobre a condição do trabalhador e a necessidade de transformação social.