Costumbre

Desafiando a Normalidade: Uma Análise de 'Costumbre' de Valeria Castro

A música 'Costumbre' de Valeria Castro é uma reflexão profunda sobre a resistência à complacência e a importância de reconhecer e valorizar as emoções e experiências individuais, mesmo que pareçam comuns ou rotineiras. A letra sugere uma crítica à tendência humana de desvalorizar o que é habitual ou recorrente, usando a metáfora de uma flor em abril para ilustrar como algo que ocorre com frequência ainda possui sua beleza e valor intrínseco.

Valeria Castro utiliza a repetição do verso 'No porque sea costumbre, no mereces que te alumbren' para enfatizar a ideia de que a familiaridade não deve ser uma razão para diminuir a atenção ou o cuidado que uma pessoa ou situação merece. Essa mensagem é reforçada com a imagem da chuva caindo na calçada, que, embora seja um evento comum, tem impactos significativos e muitas vezes ignorados, como afetar a respiração ('no a cualquiera en el pulmón').

A artista também aborda a responsabilidade pessoal em situações de crise ou dificuldade ('Quien no cuida la tierra y no está a su vera'), sugerindo que a negligência ou a falta de ação são inaceitáveis, mesmo que se tornem habituais. A música desafia o ouvinte a refletir sobre como as ações cotidianas e as atitudes perante o que é considerado 'normal' podem perpetuar a indiferença e a insensibilidade.