Kuribôta

A Maledicência e a Inveja em 'Kuribôta' de Waldemar Bastos

A música 'Kuribôta' de Waldemar Bastos é uma crítica contundente à maledicência e à inveja. A letra aborda a tendência de algumas pessoas de falar mal dos outros, muitas vezes sem motivo ou conhecimento suficiente. A repetição da frase 'Gostas muito de falar, gostas de falar dos outros' enfatiza essa prática negativa, que é descrita como essencial da maledicência e da inveja. A palavra 'Kuribôta', que se repete ao longo da canção, parece ser uma expressão de desprezo, dirigida a alguém que é invejoso e maledicente.

A letra também explora as consequências dessa atitude. A pessoa invejosa é descrita como alguém que suja tudo por onde passa, com um olhar malicioso e um coração cheio de veneno. A música sugere que essa malícia e inveja não apenas prejudicam os outros, mas também corrompem a própria alma do invejoso. A repetição de 'Kuribôta, seu invejoso, ué' reforça a ideia de que a inveja é uma característica desprezível e vergonhosa.

Além disso, a música aborda a hipocrisia e a falsidade. A pessoa invejosa é chamada de 'fingido', alguém que fala mal dos amigos e das mulheres sem conhecê-las, apenas por não conseguir o que deseja. A letra sugere que essa atitude é autodestrutiva, pois a pessoa acaba perdendo o afeto e a confiança daqueles que a cercam. A menção a 'vender a alma' em troca de dinheiro ou bem-estar material é uma metáfora poderosa que ilustra até onde a inveja e a maledicência podem levar alguém. No final, a invocação a 'Zambi', uma referência a Deus, sugere um pedido de proteção e purificação contra essas energias negativas.