Injustiça
Pedro Bento e Zé da Estrada
Meu amigo eu não sei por que é que tu condena
Rudemente sem ter pensa as mulheres de ninguém
Quero que fique sabendo que estas pobre criaturas
Que hoje sofrem amargura foram felizes também.
Se elas vivem desprezadas e enganadas pelo mundo
É porque algum vagabundo não lhe souberam amar
Muitas dessas que dizes que é mulher sem nome
Ao lado de outro home juraram aos pés do altar.
Veja aquela meu amigo sentada naquela mesa
Chorando de triste porque ninguém mais a quer
Mas teve um amor, teve abrigo, teve lar
E também já soube honrar o seu nome de mulher.
Mas porém o seu marido era canalha e vagabundo
Foi embora pelo mundo e dela se esqueceu
E agora tu me dizer que ela é mulher sem nome
Não sejas covarde homem, ela já lhe pertenceu.
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